Nos últimos anos, escândalos de vazamento de dados impactaram empresas no mundo inteiro, prejudicando reputações, faturamentos e confiança do público. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) surgiu como resposta a esse cenário. Em vigor desde 2020, ela exige que todas as organizações, públicas e privadas, adotem práticas rigorosas no tratamento de dados pessoais.
Neste artigo, você vai entender o que é a LGPD, como ela funciona, quais os riscos do não cumprimento e como sua empresa pode se adequar com segurança jurídica e estratégia, com o apoio da Ramon Dias Advocacia.
O que é a LGPD?
A Lei nº 13.709/2018, conhecida como LGPD, estabelece regras claras para coleta, uso, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais no Brasil. Inspirada no GDPR europeu, a legislação visa proteger os direitos fundamentais de liberdade, privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade do indivíduo.
A LGPD não se restringe a grandes empresas ou instituições financeiras. Qualquer organização que lide com dados pessoais, mesmo de forma simples, está sujeita à lei.
A quem a LGPD se aplica?
A LGPD se aplica a todas as pessoas físicas ou jurídicas que realizam operações de tratamento de dados no Brasil ou envolvendo dados de pessoas localizadas no país, mesmo que a sede da empresa seja estrangeira.
Ou seja, ela atinge:
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Empresas de qualquer porte ou setor
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Entidades públicas e privadas
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Startups, e-commerces e prestadores de serviços
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Profissionais autônomos com base de dados de clientes
Quais dados são protegidos?
A LGPD protege dados pessoais e dados pessoais sensíveis, que podem identificar ou afetar diretamente os direitos do titular:
Dados pessoais
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Nome completo
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CPF ou CNPJ
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E-mail
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Telefone
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Endereço
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Placa de veículo
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IP e geolocalização
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Imagens e gravações de voz
Dados sensíveis
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Origem racial ou étnica
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Convicções religiosas
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Opiniões políticas
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Dados genéticos ou biométricos
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Informações de saúde
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Filiação a sindicatos
Esses dados exigem cuidados extras em sua coleta, armazenamento e tratamento, sob pena de sanções severas.
Princípios da LGPD
Toda empresa que trata dados pessoais deve seguir os 10 princípios fundamentais da LGPD. Os principais são:
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Finalidade
O dado deve ser coletado com uma finalidade clara e legítima, informada ao titular. -
Necessidade
Só podem ser coletados dados estritamente necessários para a execução do serviço. -
Transparência
O titular precisa saber exatamente o que será feito com suas informações. -
Segurança
A empresa deve adotar medidas técnicas e administrativas para proteger os dados contra acessos não autorizados, vazamentos ou perda. -
Prestação de contas
É obrigação da empresa comprovar que adota práticas seguras e está em conformidade com a LGPD.
Quais são os direitos dos titulares?
A LGPD garante ao titular o controle sobre seus próprios dados. Entre os principais direitos:
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Acesso às informações que a empresa possui
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Correção de dados incompletos ou incorretos
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Eliminação dos dados, quando aplicável
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Revogação do consentimento
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Portabilidade dos dados para outra empresa
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Informação sobre compartilhamento de dados com terceiros
Sua empresa deve estar pronta para responder a essas solicitações de forma estruturada e dentro dos prazos legais.
Quais são as penalidades por descumprimento?
A fiscalização é feita pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que pode aplicar diversas sanções:
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Advertência formal
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Multas de até 2% do faturamento anual, limitadas a R$ 50 milhões por infração
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Bloqueio ou eliminação dos dados pessoais
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Suspensão parcial ou total do tratamento de dados
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Abertura de processos judiciais e ações coletivas
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Danos à reputação e perda de credibilidade
Por que adequar sua empresa à LGPD?
Além de uma exigência legal, adequar-se à LGPD representa uma oportunidade estratégica. Em tempos digitais, empresas que protegem dados demonstram ética, transparência e respeito ao cliente.
Entre os principais benefícios:
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Evita multas e processos
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Aumenta a confiança do consumidor
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Melhora a governança e organização dos dados
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Fortalece a imagem institucional
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Garante vantagem competitiva em licitações e contratos privados
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Reduz riscos cibernéticos e operacionais
Quer adequar sua empresa à LGPD com segurança jurídica?
A equipe da Ramon Dias Advocacia oferece consultoria completa, desde diagnóstico de conformidade até a implementação de políticas internas e revisão contratual.
Conclusão Sobre LGPD
A LGPD veio para ficar. E ignorá-la é colocar sua empresa em risco. Em um ambiente digital competitivo, a proteção de dados pessoais é também uma forma de fortalecer relações comerciais, proteger a marca e garantir o futuro do negócio.
Estar em conformidade com a LGPD é mais do que seguir a lei. É um compromisso com a ética, com a privacidade e com a confiança que clientes e parceiros depositam em sua empresa.
Ramon Dias Advocacia. Sua empresa preparada para o presente e para o futuro digital.
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FAQ – LGPD
Toda empresa precisa se adequar à LGPD?
Sim. A LGPD se aplica a qualquer empresa ou pessoa física que trate dados pessoais no Brasil, independentemente do porte ou setor.
Quais são os primeiros passos para adequação à LGPD?
O ideal é iniciar com um diagnóstico jurídico, mapeamento de dados, revisão de contratos, criação de políticas de privacidade e treinamentos internos.
Posso ser multado mesmo sem ter ocorrido vazamento?
Sim. O simples fato de descumprir as obrigações da LGPD, como não informar a finalidade do uso dos dados, já pode gerar sanções.
É preciso nomear um encarregado de dados (DPO)?
Depende do porte e da atividade da empresa. Em muitos casos, sim. O DPO é o responsável por garantir o cumprimento da LGPD internamente e intermediar a comunicação com a ANPD.
Como a Ramon Dias Advocacia pode me ajudar?
Oferecemos assessoria completa em LGPD, incluindo diagnóstico, revisão contratual, elaboração de políticas, treinamentos e suporte em eventuais fiscalizações ou incidentes de segurança.